O filme Crash, lançado em 1996 e dirigido por David Cronenberg, é baseado no romance homônimo de J.G. Ballard. Ele retrata um grupo de pessoas viciadas em acidentes de carro que buscam excitamento através de colisões violentas.

No entanto, a cena de sexo em Crash é o que mais chama a atenção e ainda é discutida até hoje. Na cena, o personagem de James Spader, que é um dos viciados em acidentes de carro, está fazendo sexo com a personagem de Holly Hunter, que também é viciada em acidentes. O contexto é uma espécie de orgia envolvendo dois outros casais.

A cena de sexo é extremamente gráfica e explícita. No entanto, o que mais chama a atenção é a utilização de um aparelho ortopédico como estímulo sexual. A personagem de Hunter coloca uma perna ortopédica em Spader antes de começar o ato sexual.

Alguns críticos consideraram a cena de sexo em Crash como fetichista. O autor J.G. Ballard já havia explorado algumas práticas fetichistas em seu romance, incluindo o uso de instrumentos ortopédicos durante o sexo. No entanto, Cronenberg amplifica o fetichismo na cena.

Além disso, a cena de sexo em Crash tem um significado mais profundo. A utilização dos acidentes de carro como uma metáfora sexual leva a uma discussão sobre os perigos da tecnologia e da obsessão do homem pelo controle. A cena também questiona a noção de prazer.

A escolha dos atores também contribui para o impacto da cena de sexo. Tanto Spader quanto Hunter têm históricos como atores controversos, e ambos já haviam interpretado personagens sexuais em outras obras cinematográficas.

Em resumo, a cena de sexo em Crash de 1996 é um dos momentos mais polêmicos da história do cinema. A exploração do fetichismo, o uso de aparelhos ortopédicos como estímulo sexual e a metáfora sobre o perigo da tecnologia fazem da cena um objeto de debate até hoje. O impacto é ainda maior graças à escolha de atores controversos.